Em sessão extraordinária realizada nesta segunda-feira (27), em Carlos Barbosa, a maioria dos vereadores aprovaram o projeto de Lei nº 129/2022, que trata do Orçamento do Município para 2023.

     O projeto virou polêmico, pois vereadores do MDB e PDT haviam inserido emendas com o objetivo de não deixar o prefeito Everson Kirch (PP) realocar recursos, como por exemplo transferir verbas entre as pastas. Com a emenda, o prefeito Kirch toda vez que decidisse realocar recursos teria que fazer um projeto e enviar para a câmara, o que atrasaria demasiadamente as obras e por consequência, prejudicaria politicamente sua gestão.

     Após o orçamento ter sido aprovado com as emendas na semana passada, o prefeito Kirch vetou e era necessária que o veto fosse aprovado ou rejeitado na câmara. Na sessão desta segunda, o vereador Maximino Malabarba (MDB), demonstrou estar preocupado com a população e não com a politicagem, sendo assim, não acompanhou seus colegas da oposição que votaram contra o veto. 

     Junto com os vereadores da situação, Malabarba votou pela manutenção do veto e por 6 votos a 5, o orçamento foi aprovado.

     Em seu pronunciamento Malabarba disse: 

     “Vou dar um voto de confiança ao governo e espero que a maioria faça e tenha a dignidade que eu tenho de dizer que sim, é importante. Somos acostumados a ouvir aqui gritos de pessoas de fora fazendo chantagem, mas não dão uma sugestão pra melhorar, pra que haja um entendimento entre vereadores e o executivo. Nós precisamos deixar, sim, o governo trabalhar, mas não podemos deixar vocês mesmo (vereadores) do governo, atrapalhar o que o governo quer fazer", afirmou.

População lotou plenário da Câmara de Carlos Barbosa 

     Sabendo que a maior prejudicada pela votação contraria ao orçamento seria a população, um grupo de pessoas lotou o plenário e pressionaram os vereadores para aprovar o veto do prefeito Kirch.  Pessoas de diversas comunidades do interior lotaram ônibus para participarem da sessão. Com cartazes em mãos, os presentes conseguiram que a maioria dos vereadores votassem para que as obras sigam sem nenhuma burocracia.