Recentemente, a Secretaria de Meio Ambiente (SMMA) de Garibaldi, deu início a construção da Estação de Tratamento de Esgotos (ETE) na Rua Dona Rachide, bairro Três Lagoas. O projeto, já em execução, prevê a implantação de um sistema modular de tratamento de efluentes sanitários de alta eficiência, que removerá acima de 90% dos compostos orgânicos responsáveis pela perda da qualidade das águas superficiais.

     A equipe da SMMA esteve nesta terça-feira (7) acompanhando a obra. Os tanques que compõe o sistema de tratamento já foram instalados. Restam ainda as unidades de controle e bombas hidráulicas, bem como o cercamento do local, entre outros. Os serviços devem seguir até março, com previsão de entrada em operação ainda no primeiro semestre de 2025. “Aqui na Dona Rachide havia um sistema antigo e com problemas, mas agora a comunidade contará com uma estação que prioriza o tratamento do esgoto de forma eficiente e com elevado grau de tratabilidade, permitindo destinar o esgoto tratado para nossos arroios com menos poluentes e odores”, comenta Anderson Dalla Rosa, secretário de Meio Ambiente.

Benefício para todos

     Antes da estação de tratamento, o local contava apenas com um tanque séptico, seguido de filtro anaeróbio. Esse sistema, datado de 1950, estava obsoleto perante as novas tecnologias de tratamento. A implantação da ETE Dona Rachide também auxiliará na melhoria da qualidade das águas afluentes à Barragem do Marrecão, proporcionando uma melhora expressiva das condições de saneamento básico da população local.

Processo de lodo ativado

     O processo utilizado na ETE Dona Rachide será o de lodo ativado, o qual é tecnologia difundida mundialmente e utilizada para o tratamento de despejos domésticos e industriais quando se necessita elevada eficiência e baixos requisitos de área. O lodo gerado será removido periodicamente por caminhões hidrovácuos em intervalos de tempo consideravelmente maiores ao que se realizava até então. A ETE será capaz de tratar 28 m³/dia, em atendimento aos requisitos da resolução CONAMA 430/11 e do CONSEMA 355/17, considerando a contribuição de 27,96 m³/dia. Sólidos, matéria orgânica carbonácea e Nitrogênio Amoniacal são alguns dos compostos que serão removidos durante o processo.