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Peugeot 208 ganha motor Fiat Firefly

Por Guilherme Rockett
22/06/2022
Fotos: Divulgação Peugeot
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   Desde que o grupo Stellantis, que já reunia Fiat e Jeep, assumiu o controle da Peugeot e Citroen, essas duas marcas devem começar a escrever uma nova história no Brasil apartir de agora. Exemplo disso é o novo Peugeot 208, que chega com o mesmo motor 1.0 do Argo. Um Peugeot com motor de Fiat? Exatamente. 

   Se a gente olhar pra trás, vamos ver que a Fiat passou a acertar a mão a durabilidade dos motores desde o lançamento do Fire aqui no Brasil, lá na virada dos anos 90 para os 2000. Vimos Siena táxi rodar por mais de 400 mil quilômetros em Porto Alegre e assumir o lugar que era do Santana na praça. 

  Se o novo 208 vai chegar nessas marcas, ainda é muito cedo para saber. Mas com certeza a gente já consegue olhar diferente pra ele sabendo o que está de baixo do capô. 


   O novo 208

   As versões mais caras seguem equipadas com o - velho - motor 1.6 16v e câmbio automático. A novidade está nas duas novas opções de entrada: Like e Style, equipadas com o 1.0 Firefly de três cilindros. 

   A Peugeot quer posicionar o modelo como o mais completo e competivo do segmento. Pra isso, colocou os leds tipo "dente de sabre" no para-choque desde a versão Like. Mas o destaque mesmo está na Style, que custa R$ 80 mil. Ela chega bem recheada, com faróis de led, a nova central multimídia da Peugeot de 10,3 polegadas e ainda o teto de vidro panorâmico. Um conjunto que não existe em outra marca nessa faixa de preço. 

   O conteúdo vem casado com um estilo próprio, como a Peugeot sempre teve nos seus carros. Desde que chegou, o 208 trouxe linhas mais agressivas. Na frente, os leds dos dentes de sabre chamam a atenção, ainda que tenham tomado o espaço do farol de neblina. Os faróis em led também são destaque, junto com a grade. Na lateral, vincos sugerem mais musculatura, enquanto que na traseira, a sinaleira tem elementos tridimensionais. É um carro que se diferencia na rua. 

   Mas por que não vendeu desde o início? Primeiro, porque a Peugeot cobrava caro, em uma estratégia de posicionar o carro em outro patamar. Segundo porque o motor 1.6 é o mesmo que chegou no lançamento do 206 em 1998. Faltava um coração novo. E terceiro por causa da má fama do pós-venda da marca, coisa que vem sendo trabalhada nos últimos dois anos. 

   E agora? Bom, agora ele tem motor confiável, com tecnologia atual, compartilhado com modelos da linha Fiat que já são consagrados. Estou falando de Argo, Uno e até o Mobi, que usou o Firefly até pouco tempo. Com uma política agressiva de preço, tem sim chance de crescer no mercado. 


Enquanto isso, por aqui, o canal do You Tube "Veículos & Velocidade" espera pelo 208 Firefly pra teste, pra que a gente possa avaliar o modelo e tirar nossas conclusões.

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